De João Duarte a Francisco Peixoto, uma cidade em transformação. Este é o tema do projeto desenvolvido com as turmas do 9º ano, de forma interdisciplinar, nas aulas de História e Artes. A culminância foi o passeio pelos pontos históricos e culturais de Cataguases, na manhã de sexta-feira, 20 de maio. Do alto do "Trio da Alegria", o grupo foi observando os locais, tendo como guia Virgínia Ribeiro, responsável pelo programa de educação patrimonial da Secretaria Municipal de Cultura.
"O nosso foco foi o de vivenciar através da observação e da narrativa o conteúdo estudado em sala de aula: a República Oligárquica e o Modernismo", explicou o professor de História, Gilmar Moreira Gonçalves. Ele ressaltou o fato de Cataguases ser reconhecida, no cenário nacional, por seu patrimônio cultural modernista, com obras como a Revista Verde, a arquitetura, esculturas e pinturas modernistas. "Nesse ano, especialmente, o interesse pelo tema é maior, pois comemora-se o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922", observou a professora de Artes, Flávia Lobo.
As obras "A pequena História de Cataguases", de Joaquim Branco, e "Redescobrindo Cataguases", que tem a coordenação do professor Gilmar Moreira Gonçalves, foram as principais referências do estudo. Para aqueles que quiserem conhecer ou recordar a história de Cataguases, os livros estão disponíveis na biblioteca da escola.
Voltando ao tema do projeto, a título de esclarecimento, o português João Duarte chegou a Cataguases em 1872, destacando-se como empreendedor e político local e Francisco Peixoto tem seu nome gravado na história de Cataguases, especialmente relacionada ao Movimento Modernista, tendo, na década de 1940, lançado sua cidade natal na cena da Arquitetura moderna brasileira.